Bolo envenenado: marido pediu divórcio um dia antes da morte da suspeita
Acusada de envenenar familiares com arsênio foi encontrada morta na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba nesta quinta-feira (13)
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Veja envolvidos em tragédia familiar no RS
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Deise Moura dos Anjos é a principal suspeita dos envenenamentos. Nora de Zeli, ela é acusada de ter envenenado o bolo que matou três pessoas e deixou outras duas internadas • Reprodução
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Bolo envenenado em Torres, no Rio Grande do Sul • Reprodução
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Ordem das imagens: a suspeita Deise Moura dos Anjos (de branco), o sogro Paulo Luiz dos anjos (de cinza), Tatiana Denise dos Anjos (marrom) e a sogra Zeli dos Anjos (de rosa) • Reprodução
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Bolo envenenado: acusada (Deise Moura dos Anjos) tentou cremar corpo de sogro (Paulo Luiz dos Anjos) para esconder vestígios do crime antes do bolo envenenado • Reprodução
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Maida Berenice da Silva, Neuza Denise dos Anjos (centro) e Tatiana Denise dos Anjos, vítimas do bolo envenenado • Redes Sociais
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Foto mostra nora e sogra juntas em 2021. Deise tinha como principal alvo a sogra Zeli • Reprodução/Redes sociais
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Coletiva da polícia sobre o caso do bolo envenenado • Reprodução
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Perícia faz análise dos ingredientes do bolo para encontrar o veneno • Sofia Villela/IGP/RS
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Perícia faz análise no bolo envenenado de Torres para encontrar arsênio • Sofia Villela/IGP/RS
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Da esquerda para direita: Diego dos Anjos (marido de Deise e filho de Paulo e Zeli), Deise dos Anjos (nora), filho de Deise e Diego, Zeli dos Anjos (sogra) e Paulo Luiz dos Anjos (sogro)
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Perícia faz análise no bolo envenenado de Torres para encontrar arsênio • Sofia Villela/IGP/RS
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Perícia faz análise no bolo envenenado de Torres para encontrar arsênio • Sofia Villela/IGP/RS
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Perícia faz análise no bolo envenenado de Torres para encontrar arsênio • Sofia Villela/IGP/RS
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Perícia faz análise no bolo envenenado de Torres para encontrar arsênio • Sofia Villela/IGP/RS
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Perícia faz trabalho para identificar veneno com exumação do corpo do sogro da acusada. Durante a exumação, no ato, são pelo menos 10 pessoas do IGP envolvidas • Sofia Villela/IGP/RS
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Bolo envenenado: após sogra sobreviver, suspeita tentou levar pastel para ela no hospital • Reprodução
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Scanner de corpos do Instituto Geral de Perícias, onde foi periciado o corpo de Paulo dos anjos, sogro de Deise, envenenado em setembro de 2024 • ASCOM/IGP
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Analise em laboratório dos alimentos entregues por Deise para sogra no hospital • Anelize Sampaio IGP/RS
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Alimentos entregues por Deise para sogra no hospital • ASCOM / IGP-RS
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Arte mostra quem é quem no caso do bolo envenenado • CNN
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Deise Moura dos Anjos, acusada de envenenar familiares com arsênio, foi encontrada morta na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba nesta quinta-feira (13). A morte da principal suspeita dos crimes do bolo envenenado, no Rio Grande do Sul, aconteceu um dia após o marido pedir o divórcio.
A saga trágica envolvendo Deise Moura dos Anjos teve um novo capítulo nesta quinta-feira.
A reportagem da CNN apurou com uma fonte que o marido da suspeita, Diego dos Anjos, comunicou a suspeita nessa quarta-feira (12) de que queria o divórcio. Menos de 24 horas depois, Deise foi encontrada sem vida.
Depoimento revelou desgaste na relação
Durante as investigações do caso envolvendo o bolo envenenado com arsênio, na véspera do natal de 2024, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul interrogou o marido da suspeita. Durante o depoimento, Diego teria admitido que a relação entre eles não era fácil. Depoimento revela como era relação entre marido e suspeita.
As investigações revelaram que Deise era a principal suspeita pela morte de Paulo, pai de Diego, que morreu com arsênio no leite em pó. A polícia acredita que Deise foi a responsável por colocar arsênio no alimento que ele consumiu. Diego disse aos investigadores que desde a morte do pai, em setembro do ano passado, o casamento nunca mais foi o mesmo.
Em depoimento à Polícia Civil, Diego dos Anjos afirmou que cogitava a separação, mas que não havia não comunicado a Deise a sua intenção de se separar, em parte devido ao filho do casal, que “segurou o casamento”.
Diego descreveu Deise como uma pessoa “briguenta”, que se irritava constantemente com situações pequenas e que “ia do 8 ao 80 muito rápido”. O marido relatou sobre um desentendimento com Deise ocorrido em novembro de 2024. Ainda segundo o relato, Diego saiu de casa e foi para a residência da mãe, em outra cidade, retornando apenas no outro dia. “Neste desentendimento, de fato, segurou Deise pelos braços, pois estava jogando as roupas no depoente”, consta no depoimento.
O homem que passou mais de 20 anos ao lado da suspeita de mortes em série, com uso de arsênio, acusou Deise de má gestão financeira, alegando que ela controlava as finanças e realizava operações financeira, manipulando valores.
Saiba quais intrigas familiares levaram acusada a cometer crimes no Rio Grande do Sul
Quem foi Deise Moura
Deise Moura dos Anjos estava presa preventivamente desde 5 de janeiro de 2025, sob a acusação de triplo homicídio e tentativas de homicídio. Saiba quem foi Deise Moura, suspeita de crimes em família no Rio Grande do Sul.
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Bolo envenenado quem foi Deise dos Anjos, suspeita de envenenar família • Redes Sociais
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Deise Moura dos Anjos é suspeita de envenenar o bolo que matou três pessoas de uma mesma família, em Torres, no litoral gaúcho, na véspera de Natal
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Deise Moura dos Anjos é suspeita de envenenar o bolo que matou três pessoas de uma mesma família, em Torres, no litoral gaúcho, na véspera de Natal
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Deise Moura dos Anjos é suspeita de envenenar o bolo que matou três pessoas de uma mesma família, em Torres, no litoral gaúcho, na véspera de Natal
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Deise Moura dos Anjos é suspeita de envenenar o bolo que matou três pessoas de uma mesma família, em Torres, no litoral gaúcho, na véspera de Natal
Nas redes sociais, Deise compartilhava diversos momentos em família, especialmente com seu filho de 10 anos e uma afilhada, a quem ela se referia como “a filha que não teve”. Em uma publicação de 2023, ela postou uma imagem do personagem Coringa com a frase: “quando for falar mal de mim, aproveita e fala todas as coisas boas que fiz quando você precisou”, complementando com “Não esquece, pois não foram poucas”.
Em outra postagem, onde apareciam outros membros da família durante uma cerimônia de formatura, Deise expressou que a família era sua “prioridade”. Ela descreveu sua mãe, que estava sentada em uma poltrona, como seu “porto seguro”. A gaúcha de 42 anos, encontrada morta na unidade prisional do Rio Grande do Sul, era torcedora do Grêmio e trabalhava na área de contabilidade.
Bolo envenenado: relembre a linha do tempo do caso
A CNN montou uma linha do tempo detalhada do caso, que envolve mortes suspeitas, relacionamentos familiares conturbados e a possibilidade de outros envenenamentos.
Veja os detalhes da história:
Quem é quem na história
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Deise Moura dos Anjos é a principal suspeita dos envenenamentos. Nora de Zeli, ela é acusada de ter envenenado o bolo que matou três pessoas e deixou outras duas internadas • Redes Sociais
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Zeli dos Anjos é a sogra de Deise e a responsável por preparar o bolo envenenado. Ela ficou internada em estado estável na UTI do Hospital Senhora dos Navegantes e recebeu alta em 10 de janeiro. Zeli também foi vítima de uma tentativa de envenenamento por Deise, assim como duas de suas irmãs. A polícia acredita que ela era o principal alvo • Redes Sociais
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Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos, era irmã de Zeli. Ela foi uma das vítimas fatais da tragédia familiar. Para os investigadores, ela também tinha desentendimentos com Deise, em decorrência da antipatia da suspeita com a sua filha, Tatiana Denize • Redes Sociais
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Tatiana Denize aparece como um dos exemplos que mais simbolizam a banalidade das motivações da suspeita. Denize decidiu se casar em uma igreja, cujo desejo de realizar a cerimônia matrimonial era de Deise. O fato da prima escolher o mesmo local, e realiza-lo antes dela, nunca teria sido aceito • Redes Sociais
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Matheus, de 10 anos, foi uma das vítimas da intoxicação do bolo com arsênio. Filho de uma das vítimas, a criança sobreviveu e foi a primeira pessoa liberada do Hospital de Navegantes. A polícia acredita que ele não era um dos alvos de Deise, mas acabou envenenado por consumir o bolo • Redes Sociais
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Maida Berenice Flores da Silva, 59 anos, era irmã de Zeli e consumiu o bolo no café da tarde que intoxicou a família. Por enquanto, não há informações sobre quais seriam os desentendimentos dela com Deise • Redes Sociais
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Paulo Luiz dos Anjos era sogro de Deise, e morreu em setembro de 2024 por uma suposta infecção intestinal. A polícia exumou seu corpo e encontrou arsênio, confirmando que ele também foi envenenado, possivelmente por meio de leite em pó entregue por Deise • Redes Sociais
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Diego Silva dos Anjos é filho de Zeli dos Anjos e Paulo Luiz, que morreu em setembro de 2024. Ele é casado com Deise há mais de 20 anos. A Polícia Civil, em coletiva, descartou, por ora, a possibilidade do envolvimento deles nos envenenamentos.